quinta-feira, 3 de março de 2016

Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo – Leandro Narloch



           
             Se você é como eu e como o Leandro Narloch – o escritor deste livro – que nunca se conformou totalmente com que lhe ensinavam nas aulas de história, este livro é para você.
            História sempre foi a minha matéria predileta na época do colégio, mas alguns fatos da história nunca desceram goela abaixo e eu me sentia um E.T por isso. Quando eu li o primeiro livro do autor, – O Guia Politicamente Incorreto da história do Brasil - alguns anos atrás, eu verdadeiramente me senti aliviada em saber que o problema não era comigo, mas sim, com os livros didáticos que lia na escola.

            O Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo, da mesma forma que seus antecessores – Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil e Guia Politicamente Incorreto da América Latina – foi escrito para jogarmos tomates na historiografia politicamente correta!

            Eu sou suspeita para falar dos livros do Leandro Narloch, mas então, sim, eu amei esse livro da mesma forma que amei os outros. A escrita do autor continua maravilhosa e irônica, porém, eu tenho algumas ressalvas.

            Inicialmente é necessário frisar que muitas vezes o autor quer mostrar o outro lado da moeda, de maneira que fique claro que os fatos históricos não são tão tenebrosos como ás vezes nós ensinam nas escolas e que existem fatos que não nos são ensinado na escola, fatos esses que, podem modificar nosso olhar sobre determinado período histórico.

            Pois bem, eu odiei o capítulo dedicado a Roma. Sei que o autor embasa seus argumentos em diversos textos científicos e que consulta diversos historiadores e tal, mas o capítulo sobre Roma foi muito ruim. Bom, o capítulo em questão defende a ideia de que não foi Nero quem colocou fogo em Roma e que a Queda do Império Romano não ocorreu da maneira como sugerem os livros.

            Os argumentos de que Nero não incendiou Roma não me convenceram, ele pode até não ter posto fogo em Roma, mas os argumentos utilizados pelo autor são terrivelmente fracos e não convencem, por isso, continuo achando que Nero incendiou Roma.

            Quanto a Queda de Roma, os argumentos são igualmente ruins, fala disso e daquilo e no final não convence, por isso meu veredicto final também é: para mim Roma caiu da forma que me ensinaram na escola.

            Outro capítulo que apesar de bom, mas que incomodou um pouco foi sobre a paz mundial. Eu concordo com o autor em gênero, número e grau sobre a paz mundial, mas ele se deixou levar e sua visão política de direita esta escrachada nesse capítulo, no meu ponto de vista, ele deveria ter sido menos óbvio (mas ainda sim o capítulo é muito bom!).

            O capítulo sobre fascismo foi excelente, e como ele diz nos agradecimentos finais do livro, é com certeza o capítulo mais polêmico do livro – na minha opinião, o capítulo sobre nazismo é igualmente polêmico – estou louca para surgir a oportunidade de chamar uns amigos de esquerda de fascista!

“(...) é preciso ter cuidado ao chamar as pessoas de fascistas. Enquadrar o adversário numa categoria abjeta é uma tática rasteira para se ganhar uma discussão. (...) O termo “fascista”, do mesmo modo, perdeu seu significado. É usado à esquerda e à direita com o sentido de “herege”, “monstro”, “horrível” ou simplesmente “alguém que não concorda comigo”(...)” (Trecho do livro Guia Politicamente Incorreto da História do mundo, p. 160)

            Como os livros anteriores dessa coleção, o “Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo” é visualmente impecável, as páginas pretas com suas polêmicas – como se nos resto do livro não tivesse nenhuma outra! – as informações adicionais na margem das páginas, as ilustrações que iniciam os capítulos, além da própria capa em si! Material de primeira qualidade, o livro é rico em informações e muito bem pesquisado.

            O autor mantém sua escrita leve e de fácil compreensão, não sendo um manual chato, ou enfadonho! O que eu mais gosto na escrita do autor são as doses cavalares de sarcasmo. Esse é um livro para ser lido e guardado na estante em um lugar de destaque, para ser apreciado e indicado para amigos que como eu o o autor estão dispostos a jogar tomates na historiografia politicamente correta.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Metas Literárias para 2016




              Eu só crio metas literárias para desencargo de consciência mesmo, por que seguir metas não é muito a minha praia não. Por que? Eu não faço a mínima ideia, só sei que as começo e nunca termino.
Mentira.
Ás vezes, mas só ás vezes mesmo, eu as agarro com afinco – como foi o caso da meta de ler 50 livros em um ano, eu tive quer tentar três ou quatro anos seguidos para conseguir! – eu consigo cumpri-las.
Você pode me perguntar: - porque então se permitir torturar?
Não é tortura nenhuma, mesmo que não complete os desafios, foi através deles que conheci obras fantásticas que nunca teria lido, ou que teria ficado naquela lista de um dia quero ler indefinidamente. E é por esta razão que ano após ano, mesmo desconfiando que eu não vá cumprir minhas metas, é que eu traço desafios para o ano.
Esse ano de 2016 eu decidi criar meus próprios desafios.

Desafio I – Clássicos Russos
Total: 12
A ideia é tentar ler uma média de 20 páginas por dia, pois não sei se darei conta de ler esses calhamaços russos como costumo ler meus outros livros e não sofrer de uma terrível ressaca literária (que abalaria meus outros desafios). Decidi por doze livros, como se fosse um por mês, mas acredito que com 20 páginas por dia possa ler mais de um por mês e eventualmente em um dia mais cansativo poder deixar de ler. Além de quê será um alívio tira-los da lista de um dia vou lê-los, faz muito tempo que estão nessa lista nada, nada aduladora.
 - Guerra e Paz - Liev Tolstói (4 volumes)
- Crime e Castigo - Fiódor Dostoiévski (2 volumes)
- O Mestre e a Margarida - Mikhail Bulgákov (Volume Único)
- Os Irmãos Karamazov - Fiódor Dostoiévski (2 volumes)
- Anna Karenina - Liev Tolstói (Volume Único)
- Lolita - Vladimir Nabokov (Volume Único)
- Qualquer livro do Charles Bukowsck

Desafio II – Livros do desafio Rory Gilmore Gril Book
Total: 12
Em uma rápida olhadela na lista desse desafio, percebi que nela haviam diversos livros que eu desejava ler (e alguns que já havia lido). Quando fui contabilizar, dos 332 livros da lista, eu só tinha lido 15! Isso diz muita coisa sobre mim e não é nada adulador. Então decidi pegar doze livros que estavam em minha estante e também estavam na lista desse desafio e “colocar minhas leituras em dia”, ai eu mato dois coelhos com uma só cajadada.
- O diário de Anne Frank – Anne Frank
- Fahrenheit 451 - Ray Bradbury
- Mrs. Dalloway - Virginia Woolf
- As vantagens de ser invisível - Stephen Chbosky
- O processo – Franz Kafka
- O Retrato de Dorian Gray – Oscar Wilde
- Madame Bovary - Gustave Flaubert
- Grandes Esperanças - Charles Dickens
- Moby Dick - Herman Melville
- A divina Comédia – Inferno, - Dante Alighieri
- O sol é para todos - Harper Lee
- Odisseia - Homero

Desafio III – Livros do Stephen King
Total: 12
O senhor King figura em minha lista de “Livros Que Um Dia Leirei” já faz uma eternidade, mas a mocinha aqui sempre enrola e não lê. Então decidi que 2016 será o ano que finalmente vou tirar minha série Torre Negra da estante e irei lê-la! Como nós desafios anteriores, a meta é de 1 por mês (por que acho que pelo menos um por mês eu consigo garantir)
- Sob a Redoma
- Novembro de 63
Torre Negra I – O Pistoleiro
Torre Negra II – A Escolha dos Três
Torre Negra III – As Terras Devastadas
Torre Negra IV – Mago e Vidro
Torre Negra V – Lobos de Calla
Torre Negra VI – Canção de Susannah
Torre Negra VII – A Torre Negra
- O Iluminado
-A Casa Negra
-Cai a noite
~*~*~*~*~
Bom, eu acho que, se eu conseguir ler ao menos esses 36 livros durante 2016 ficarei muito satisfeita e feliz. Vamos ver no que dá, até a próxima retrospectiva literária.

{TAG} TOP 15 – Personagens Favoritas da Literatura

            Essa TAG eu vi no blog Aceita Um Leite, e gostei tanto que resolvi fazê-la também. A ideia é listar 10 personagens femininas que te inspiram. Lá, a autora do blog listou 15 personagens - apesar da tag original serem 10.
            Eu já vou logo avisando: aqui, é a minha opinião! Lá no Aceita um Leite faltou rolar um fight nos comentários, por que simplesmente tinha gente que não aceitava que a autora do Blog não tinha colocado a Hermione como personagem favorita dela e por essa razão a lista dela não era boa o suficiente (Abstrai meu povo!).
            Acho importante deixar claro que nesse TOP 10 colocarei as personagens literárias femininas que EU admiro e não personagens que foram importantes para a literatura, como a Hermione - acho ela uma personagem muito boa, mas não está no hall de minhas personagens prediletas.
            Outra informação importante: minha lista se baseia nas personagens de livros que li, sei que existe diversas outras personagens importantes na literatura e que ainda por cima são apaixonantes, mas seria uma hipocrisia listá-las aqui sem realmente conhecê-las.
            Agora chega de lenga, lenga e vamos ao meu TOP 10!
 OBSERVAÇÃO: A LISTA NÃO ESTA ORDENADA POR ORDEM DE PREFERÊNCIA!

10 – DOMARIS – A QUEDA DA ATLÂNTIDA, MARION ZIMMER BRADLEY


Sim, Domaris esta nessa lista!
Ela é uma das protagonistas de A Queda da Atlântida e é apaixonante. Apesar de ser compromissada com as tarefas do templo e com seu destino, ela é incapaz de ignorar os sofrimentos daqueles que ela ama, fazendo tudo ao seu alcance para ajudá-los, nem que para isso tenha que sacrificar a si própria. É uma das personagens mais fortes da literatura que tive oportunidade de conhecer.

09 – ELIZABETH BENNET – ORGULHO E PRECONCEITOS, JANE AUSTEN

Acho que nunca conheci alguém que tenha conhecido Elizabeth Bennet e não tenha gostado dela. A obra de Jane Austen foi escrita no período regencial inglês, onde as mulheres não tinham qualquer poder de decisão, quando a única opção era ser uma moça prendada e arranjar um bom casamento. Jane Austen criou uma personagem que a despeito de todas as convenções sociais estava disposta a enfrentar a tudo e todos para viver segundo aquilo que acreditava, mesmo que isso significasse ser uma solteirona.

08 – MORGANA LE FAY – AS BRUMAS DE AVALON, MARION ZIMMER BRADLEY

Lembro-me a primeira vez que li o livro Rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda. Nesse livro, Morgana foi pintada como uma personagem má, mas por alguma razão, eu jamais me conformei com essa imagem que passavam dela. Lembro-me também da primeira vez que vi as brumas de Avalon na estante da biblioteca do colégio, há onze anos, lembro-me de ler a frase na capa que dizia que era a versão contada pelas mulheres do mito. Meu coração se encheu de alegria, Morgana seria salva!
Eu amei ler as brumas de Avalon, não apenas Morgana, mas todas as mulheres daquela estória me encantavam. Eram personagens complexas, mulheres de carne e osso, com os mesmos medos e temores que eu, eram mulheres apaixonadas e apaixonantes, que lutavam por aquilo que acreditavam e estavam dispostas a tudo para defender o que acreditavam.

07 – MARINA – MARINA, CARLOS RUIZ ZAFON

Não consigo pensar em Marina e não lembrar de uma estória doce e meiga, porém, ao mesmo tempo, cheia de aventuras.
Marina não é qualquer moça, Marina é doce, mas também é valente e determinada, que luta a todo custo ser feliz com o curto tempo que ainda lhe resta para viver.

06 – VIANNE ROCHER – CHOCOLAT, JOANNE HARRIS

Sempre que lembro de Vianne Rocher eu lembro de chocolate, cheiro de chocolate ao fogo, uma cidadezinha rústica na França e uma chocolaterie. Também me lembra de cartas de Tarôt, sapatos vermelhos e uma mulher que luta para cuidar de sua filha.
Vianne Rocher, na minha opinião, é uma das personagens femininas mais marcantes que tive o prazer de conhecer. Ela não tem uma saga épica para alcançar um objetivo, não, Vianne Rocher é gente como a gente, que labuta dia a dia para ser feliz, tem problemas como cada um de nós e que faz o que pode para levar um vida feliz e enfrentar seus medos.

05 – ALEXANDRA – AS BRUXAS DE EASTWICK, JONH UPDICK

Ainda me lembro do meu primeiro contato com Alexandra quando peguei para ler “As Bruxas de Eastwick”, se tivesse que descrever esse “encontro” com uma única palavra seria: “Estonteante”.
Alexandra e suas duas amigas são três forças da natureza que lutam dia a dia para serem felizes, pra se sentirem bem, apesar de quase sempre irem contra tudo o que a boa sociedade preza. Na verdade, elas cansaram de se sentirem presas as convenções sociais  e estão dispostas a tudo para serem felizes.

04 – ANDRÔMACA – TRÓIA - O ROMANCE DE UMA GUERRA, CLAUDIO MORENO

Para mim, a despedida literária mais romântica é a de Andrômaca e Heitor. É triste! Era muito amor para tanta tragédia. Minha vontade era de eu mesma ir para o campo de batalha e falar umas poucas e boas para aquele mala-sem-alça do Aquiles. Confesso: fiquei feliz com a morte do Aquiles, fiquei feliz que a Polixiena tenha vigando a morte dos seus ajudando a matá-lo.
Mas voltando a Andrômaca, ela pode não ser a personagem que mais lutou por seus ideais, mas foi a que se mais manteve firme com relação ás regras que regiam sua vida. Foi vítima? Sim. Lamentou? Sim. Mas jamais se curvou aos desejos dos mais poderosos.

03 – JANE EYRE – JANE EYRE, CHARLOTTE BRONTE

O que dizer dessa personagem que tem uma das vidas mais difíceis da literatura? As irmãs Brontë tinham uma queda pelo trágico – Alguém se lembra daquele dramalhão chamado o morro dos ventos uivantes? Pois é, eu lembro!
Meu Deus, ó personagem que sofre, essa tal de Jane Eyre! Mas é uma saga épica. Apesar de todo dramalhão, vamos dar a César o que é de César, Jane Eyre é a HEROÍNA!!!! Numa sociedade onde as mulheres tinham poucas oportunidades além de se casarem, Jane Eyre é um exemplo a ser seguido. Apesar do pouco caso de sua família para com ela, apesar de todas as dificuldades enfrentadas, ela não desistiu, nem deixou o amor e a bondade morrerem em seu coração.

02 – IRMA WINTER – A DÉCIMA TERCEIRA HISTÓRIA, DIANA SHEFIELD

Não sei porque, mas minhas personagens prediletas são sempre as mais dramáticas e as mais "rebeldes". Irma Winter de "A Décima Terceira História" não é uma exceção a regra. No início ela parecer ser apenas uma senhora idosa esnobe, mas ao correr das páginas conhecemos sua difícil jornada, sua história de superação e o seu segredo mais bem guardado. É impossível não amar uma personagem assim!


01 – MARGARETH HALE – NORTE E SUL, ELIZABETH GASKEL

A última das rebeldes tinham que ser ela, é claro, Miss Hale! Por mais que digam que Norte & Sul é Orgulho & Preconceito com questões sociais, sou obrigada a dizer: Amo Margareth tanto quanto amo Elizabeth Bennet. Ela é como todas as personagens anteriores, forte, guerreira e muito determinada. E como todas as outras, tem um coração de ouro.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Retrospectiva literária 2015

O blog é novo, mas a blogueira é velha (não velha na idade, mas já sou blogueira a muito tempo). E, salvo engano, essa é minha quinta retrospectiva literária!
Sim, como todos os anos anteriores, dezembro (neste caso, janeiro) é o mês da minha retrospectiva literária! Bom, se alguém quer saber direitinho o que é essa tal de Retrospectiva Literária clique aqui.
Esse é um post coletivo, promovido pelo Blog Pensamento Tangencial da Angelica Roz, onde fazemos uma retrospectiva de tudo o que foi lido durante o ano.
Então vamos lá!

RETROSPECTIVA LITERÁRIA 2015


A aventura que me tirou o fôlego:
A Descoberta das Bruxas – Deborah Harkness
O suspense mais eletrizante:
Não houve suspenses esse ano!
O romance que me fez suspirar:
O Príncipe dos Canalhas – Loretta Chase
A saga que me conquistou:
A trilogia A Bruxa da Noite da Nora Roberts
O livro que me fez rir:
Como levar uma vida normal sendo louca - Camila Fremder & Jana Rosa
O livro que me fez chorar:
Não sou chorona, além de que, esse ano só li livrinhos água com açúcar.
O livro que me decepcionou:
Magia do Sangue – Nora Roberts
O livro que me surpreendeu:
A pérola Secreta – Mary Balogh
O livro que devorei:
Narcissus Acorrentados – Laurell K. Hamilton
O livro que abandonei:
As horas distantes – Kate Morton
A capa que amei:
Magia do Sangue – Nora Roberts
O(a) personagem do ano:
Anne de Simplesmente Apaixonada- Mary Balogh
O casal perfeito:
Connor e Maera
O(a) autor(a) revelação:
Loretta Chase
O(a) autor(a) que mais esteve presente entre as minhas leituras:
Julia Quinn
O gênero literário que mais li:
Romance Histórico
 Li em 2015, 31 livros.
Esse foi um ano e tanto, com muitíssimos altos e baixos! 31 livros para alguns é muito, para mim é pouco. Poderia ter lido muito mais, mas não tinha cabeça para isso esse ano. Fiquei durante meses acamada, doente, passei por um cirurgia de risco e fiquei convalescendo durante meses. Vontade para ler eu tinha, mas meu estado debilitado de saúde não permitiu, era demais para mim lidar com tanta dor e concentrar na leitura. Nesse período iniciei diversas leituras e não as terminei. Uma análise de minhas leituras mostrará que li muito romances históricos, não li clássicos, não li nada que programei para ler, mas minha doença também não estava programada. Achei que li muito para quem passou a maior parte do ano no maior perrengue por causa da saúde. Pela graça de Deus estou curada e prometi a mim mesma que em 2016 darei mais de mim mesma.

A minha meta literária para 2016 é:
A meta ficará aberta, quando atingir a meta, dobrarei a meta. Entendeu? Não? Eu também não. Kkkk (Ninguém mandou eleger a Dilma como presidente!). Agora sério, tenho algumas metas para o ano que vem, mas nada haver com números, tudo o que for lido ano que vem será lucro!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón



Eu conheci Zafón através do lançamento de um livro dele, "Mariana". Eu não dava nada por aquele autor que parecia ser apenas mais um escritor que tinha uma sinopse espetacular para um livro medíocre. Mas sabe Deus lá por que, resolvi dar uma chance ao livro...
Eu nunca me arrependi de ter dado aquela chance.
"Marina" é um livro doce, dramático e cheio de aventuras. Teoricamente a classificação do livro é infanto-juvenil, porém, como o seu próprio autor disse, é uma estória infantil que pode ser lida em todas as idades. Depois de "Marina", corri atrás de outras obras daquele autor que escrevia com a alma e encantava ao fazer histórias. Foi quando eu conheci "A Sombra do Vento".
 


Por razões que eu desconheço, não consegui concluir a leitura de A sombra do vento, mas a vontade ficava lá. Depois tentei ler "O Jogo do Anjo" e "O Princípe da Neblina". Confesso que senti inveja, Zafón escreveu as histórias que eu sempre quis escrever, criou uma biblioteca rodeada de misticismos – o cemitério dos livros esquecidos – que me encantava e intrigava.
No início do ano resolvi participar de um desafio literário e quando vi que a meta para Janeiro era ler o livro de um autor que você recomendaria para todo mundo, meu cérebro deu um estalo e Záfon me veio a mente. Ele com certeza não é o autor que eu indico a todo mundo, por que não são todos que possuem a sensibilidade para lê-lo, mas é de longe um dos autores que mais amo.
"A Sombra do Vento" é um livro recheado de mistérios do início ao fim, tanto que é uma tetralogia – o quarto livro ainda não foi lançado. A história gira em torno de Daniel Sempere e inicia-se ainda quando ele era pequeno e acorda no meio da noite depois de um pesadelo. Seu pai, para acalmar o espírito da criança, o leva a um lugar secreto: o cemitério dos livros esquecidos. Em sua primeira visita, lhe é dado o direito de tirar um livro, livro do qual ele deveria cuidar. E é assim que nossa estória começa.
O livro que Daniel tirou do cemitério dos livros esquecidos foi A SOMBRA DO VENTO de um tal de Julian Carax. A questão é que há um mistério ao redor desse autor que ninguém sabe dizer bem qual é, a única coisa que se sabe é que há um misterioso vilão que caça e destrói todos o livros de Carax.
A estória se desenrola e a medida que a trama caminha vamos conhecendo os mistérios que rodeiam a obra de Carax, observamos nosso herói Daniel crescer e amadurecer, e vivenciamos uma história dramática de arrancar lágrimas dos olhos.
Certa vez, não lembro quem, comentou que a obra de Zafón é como aquelas bonecas russas, na qual cada vez que abrimos uma boneca encontramos uma outra dentro. A estória de "A Sombra do Vento" é exatamente assim, quanto mais você mergulha, mais mistérios surgem.
"(...) Já era noite fechada quando paramos diante do portão do Cemitério dos Livros Esquecidos, nas sombras da rua Arco del Teatro. Segurei a maçaneta do diabinho e bati três vezes. Soprava um vento frio impregnado de cheiro de carvão. Enquanto esperávemos, nós nos abrigamos sob o arco da entrada. Encontrei o olhar de Bea a apenas alguns centímetros do meu. (...)"
Carlos Ruiz Zafón é único, sua obra é única e aquece o coração de qualquer leitor apaixonado por livros. Sua obra é cheia de mistérios, reviravoltas, histórias de grandes amores e corações partidos, cheio de poesia e livros, e sim, muita aventura. Se você é amante de livros e gosta de livros cheio de suspense, leia "A Sombra do Vento".